Bem, não tenho muito que escrever hoje, fora o fato de que fiz prova e amanhã é dia de 2ª chamada de filosofia. Ops, o que estou fazendo aqui?!
I'm Virginal Madonna, who are you? Madonna Quiz by Turi.
Estou marcando com a Sandra de irmos para Lapa esta sexta-feira. E sábado irmos ao Garage. Aceitamos companhias :D
Será que a reunião do DCE vai rolar
mesmo?É esperar pra crer.
Como disse, não estou inspirada hoje. Vá ao
pussy power. Estou lá escrevendo ^_^
UM OLHAR DENTRO DO MEU MUNDO
(por Zieba Shorish-Shamley)
Eles me fizeram prisioneira em grilhões e correntes
Você sabe qual é a minha culpa? você sabe qual é o meu pecado?
Esses selvagens ignorantes, que não podem ver a luz
Continuam a me bater e oprimir, para mostrar que podem fazer isso
Eles me fazem invisível, em mortalhas e não-existente
Uma sombra, uma não-existência, silenciada e não vista
Sem direito à liberdade confinada na minha prisão
Diga-me como suportar minha raiva e furor?
Eles destruíram meu país e o venderam ao invasor
Eles massacraram meu povo, minhas irmãs e minha mãe
Eles mataram todos os meus irmãos, sem um pensamento
O reinado que eles impuseram, ordena o ódio e a fúria
Chacina crianças e idosos, sem julgamento defesa ou júri
Bane a arte e os artistas, pune os poetas e escritores
Vende drogas e rumores, nutre lutadores terroristas
Na indigência e miséria eu sigo nessa vida
Eu continuo tentando conter o conflito
Você poderia me dar uma resposta? Sabe qual é a minha escolha?
Serei eu uma fonte do demônio? Você pode ouvir minha voz?
Essa é minha religião? É esse o caminho da cultura?
Eu mereço esse destino entregue aos abutres?
A dor é intensa, devo acabar com minha vida?
Tomando um copo de veneno?
Apunhalando meu coração com uma faca?
Minha terrível culpa é baseada no meu gênero
casamento forçado, prostituição, minha venda pelo delinquente
Buscando um caminho para compensação, encontrando injustiça cruel
Pega no círculo vicioso, ganha a paz? e ganha a justiça?
Presa na teia do horror. Desespero, medo, aspereza
Perdida no mundo do terror, a morte está perto e a escuridão
O mundo é acossado com a surdez, silêncio, frieza e inércia
Ninguém ouve meus lamentos, ninguém divide meu tormento
Ouça o tufão rugir, esse é o meu gemido
Olhe a chuva do furacão, minhas lágrimas sem grades
A raiva do vulcão propaga meus gritos
A cólera do tornado, a visão dos meus sonhos
Ouça-me, sinta minha dor, você precisa compartilhar meu sofrimento
Poderia ser você nas correntes, se não hoje, amanhã
Junte-se a mim na resistência, sem parada ou pausa
Nós podemos derrotar esse demônio, ser vencedoras da minha causa
Essas regras não podem me deter, eu vou desafiar e lutar
Para alcançar a alvorada da liberdade, eu busco a luz da justiça
Eu vou esmagar esses dominadores, eu vou queimar essa jaula
Eu vou derrubar esses muros, nesse maldito inferno!
50° aniversário da Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
Dedicado a todas as minhas irmãs afegãs e todas as mulheres que sofrem a mesma situação.
10 de dezembro de 1998.